Os voluntários que participaram dessa ação conheceram bem de
perto a realidade das famílias que passam muitas privações, ainda mais agora
com o agravamento da estiagem que assola o Sertão Nordestino. Já sendo considerada
a maior seca dos últimos 30 anos.
As pessoas estão
perdendo seus animais que enfraquecem por falta de pasto, a escassez de água
faz com que as famílias percorram grandes distancias para adquirir uma pequena
porção de água, carregadas no lombo dos jegues. Já não há alimentos para muitas das
famílias que ficam a mercê da solidariedade das autoridades e de organizações não governamentais.
Mesmo em condições adversa,s as crianças se divertiram muito,
pulando corda, e participando de atividades lúdicas junto com os voluntários
que levaram bolas para distribuir para a criançada.
Foi um dia marcante para toda a comunidade e também para
todos os parceiros e voluntários que nos acompanharam nessas atividades.
O objetivo agora é conseguir apoio finaceiro para distribuição da água
para sítios próximos para beneficiar as famílias.
TITULARIDADE: Associação Pão é Vida - CNPJ: 08.316521/0001-64 - seja um associado mantenedor - Deposite sua contribuição para: ASSOCIAÇÃO PÃO É VIDA - AGÊNCIA: 0361-1 CONTA CORRENTE: 15.422-9 - BANCO DO BRASIL.
HISTÓRICO
DAS GRANDES SECAS NO NORDESTE
1877
Calcula-se que 500 mil pessoas morreram nesse ano por causa da seca. O Estado mais atingido foi Ceará. O imperador dom Pedro II foi ao Nordeste e prometeu vender "até a última jóia da Coroa" para amenizar o sofrimento dos súditos da região. Não vendeu.
1915
A intensidade da estiagem levou o governo a reestruturar o Instituto de Obras Contra as Secas (Iocs), que passou a construir açudes de grande porte. Até então, o Iocs se concentrava em perfuração de poços, confecção de mapas e abertura de estradas.
1934/36
Considerada a maior seca de todos os tempos até o início dos anos 80. A estiagem se estendeu pelos nove Estados nordestinos e chegou a Minas Gerais. A partir dela as secas do sertão do Nordeste passaram a ser encaradas como flagelos nacionais.
1979/85
A mais longa e avassaladora seca deste século foi marcada por uma onda de saques que chegou ao auge em 1981. Diante da situação, o presidente João Figueiredo declarou que só restava rezar para chover. Não deu certo. A seca e o governo acabaram juntos.
1997/99
Os sinais mais graves da estiagem começaram a ser sentidos em outubro do ano passado. Desta vez, um fenômeno social tornou-se marcante na briga para resistir ao flagelo ambiental: os saques em mercados, feiras e prefeituras das cidades sertanejas.
2001
O Rio São Francisco agonizou com a maior seca da sua história. Somado ao assoreamento, a seca reduziu drasticamente o volume de suas águas. A barragem de Sobradinho, a mais importante da região NE, atingiu os níveis mais baixos de sua história. A água no local em 1º de novembro de 2001 estava a 6,3% da capacidade, que é de 34 bilhões de metros cúbicos. |
Caatinga vive maior seca em 30 anos e ameaça de colapso agrícola - Quinta, 03 de Maio de 2012 14:42
Dentro de um Brasil admirado no mundo inteiro por
seu desenvolvimento econômico há outro país, ainda invisível ao progresso e
contaminado por um problema crônico - a aridez - que só faz piorar. A nação da
Caatinga, formada por 1.482 municípios espalhados por 1,3 milhão de quilômetros
quadrados, vive sua maior estiagem dos últimos 30 anos. Só na Bahia, mais de
214 cidades já declararam estado de emergência. Rios secaram a ponto de se
restringirem à areia fina.
Este evento extremo vai se resolver, mas, em breve,
pode ser seguido por outro. E, entre uma seca e outra, a produção agrícola
entra em colapso - fenômeno agravado pelo clima global.
Todas as projeções do Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas apontam a Caatinga como o bioma mais frágil do País. É, na
verdade, a maior área do mundo suscetível à desertificação. Em algumas regiões
de Pernambuco, a temperatura média já aumentou 3 graus Celsius desde 1960. Considerando
todo o Nordeste, os termômetros teriam ganhado, em média, 1,5 grau Celsius no
mesmo período.
"Um bioma consegue se regenerar com, no
mínimo, 50% da cobertura original. A Caatinga só tem 45%", alerta Eduardo
Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. "A chance de
desertificação, portanto, é muito grande. E não há qualquer ação coordenada
para salvar esta região".
De acordo com a Embrapa, haverá, em todo o
Nordeste, uma grande queda na produção de milho, arroz, feijão, algodão, girassol
e mandioca nas próximas décadas. Estas culturas conseguem sobreviver na Zona da
Mata, onde há lençóis freáticos que sustentam estas plantações, mas não no
interior. No semiárido, segundo Assad, sobrevivem planos de "convivência
com a seca", como fruteiras que produzem jaca e manga, mas sem os devidos
recursos e divulgação.
"É um projeto com mais de 30 anos. Ainda há,
no entanto, dificuldades para sua aplicação, porque os agricultores insistem
com o feijão e o milho. Não há mais clima para estas culturas", explica o
pesquisador (...)
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